terça-feira, 15 de julho de 2008

IV Congresso de Publicidade - A Realidade dos Mercados Regionais




Os trabalhos da comissão A Realidade dos Mercados Regionais foram abertos por Ricardo Nabhan, presidente da Fenapro e da ZN Marketing de Campo Grande (MS). Em seu discurso inicial, Nabhan afirmou que o grande desafio do painel é descentralizar a comunicação.
'Devemos tratar de uma maneira ampla o rico cenário da realidade brasileira e discutirmos as particularidades e valores das diferentes regiões do país.'

Considerando que o Brasil é um país de dimensões continentais, com povos de múltiplas identidades, Nabhan disse que, espantosamente, as culturas regionais sobrevivem aos efeitos da globalização e ao avanço das tecnologias.
'As pessoas ainda se mantêm fiéis às suas origens e costumes. Cultivam a arte popular, artesanato, hábitos de consumo, folclore, músicas, danças, culinária - características muito particulares.'
A riqueza desta diversidade já foi percebida por muitas empresas que passaram a fabricar produtos customizados/personalizados para cada uma dessas regiões.

'Falar de uma maneira única para a população brasileira, é ignorar essa diversidade.'
Dentre os pontos importantes que precisam ser trabalhados, Nabhan destacou: estratégias de venda e divulgação que levem em conta as características locais; profissionais conhecedores das particularidades das regiões; reformulação da regulamentação do setor, para que as pequenas empresas regionais tenham oportunidade de se estabelecer.

O presidente da comissão ainda afirmou que oferecer oportunidades aos profissionais regionais é uma maneira do mercado absorver novos talentos.

O jornalista e economista George Vidor, palestrante convidado, apresentou um panorama da economia brasileira, que qualificou como uma esfinge. 'É muito difícil fazer previsões para os diversos segmentos de mercado. As indústrias de celulares, cimentos e carros, por exemplo, surpreendem muito.'

Vidor diz que o mundo se encontra em um cenário complicado. O preço do petróleo chega a níveis exorbitantes. A China, que antes era responsável pelos baixos preços, agora é o provocador dos aumentos. 'O mundo depende hoje do destino da China - que tem uma inflação beirando 10% e isso pode transbordar para o mundo, causando um turbilhão de instabilidade.'

Apesar deste cenário, o palestrante considera que o Brasil vive um momento favorável na economia e deve continuar crescendo 5% ao ano: com geração de emprego formal e ampliação da renda per capita.

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