segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mato Grosso do Sul e o pioneirismo das novas mídias

Por Wilson Bento*
A Internet está hoje tão vinculada ao cotidiano do cidadão brasileiro que este poderoso canal de comunicação parece estar conosco há décadas. No entanto, pouca gente se dá conta de que agora em 2008 estão sendo completados apenas 13 anos da ativação da rede mundial de computadores para a população de Mato Grosso do Sul, em sua capital, através do primeiro provedor. É muito pouco tempo para tantas alterações que esta nova mídia ajudou a provocar no nosso dia-a-dia.Campo Grande e algumas cidades do interior, como Dourados, souberam rapidamente usufruir os bons frutos gerados pelo manuseio da nova tecnologia que veio encurtar todas as distâncias mundiais. A capital sul-mato-grossense, por exemplo, foi a pioneira no Brasil no jornalismo online sem vínculos com veículos de comunicação convencionais. No Rio de Janeiro o Jornal do Brasil já havia criado o JB Online mas atrelado ao jornal impresso diário. O Campo Grande News, não. E surpreendeu jornalistas brasileiros que acessaram sua página principal durante curso de jornalismo virtual em São Paulo. Hoje, Campo Grande talvez seja uma das capitais brasileiras com o maior número de veículos de comunicação online, também chamados de jornais virtuais.Mas o pioneirismo de Campo Grande na aplicação de tecnologia de ponta na comunicação já vinha de mais longe. Em 1987 o jornal Correio do Estado foi um dos primeiros no Brasil a informatizar toda a redação e processo de edição final. Seus jornalistas foram os primeiros no Estado a trocar as velhas máquinas de escrever pelos então modernos terminais Gepetos. Em Dourados também não se perdia o pique. O jornal O Progresso, passou, na segunda metade dos anos 90, por uma reformulação gráfica e editorial onde a informática e a utilização da Internet eram peças chaves. O Progresso contratou correspondentes que trabalhavam em suas próprias casas (antecipando o Teletrabalho) e ainda chegou, durante seis meses, a lançar duas edições diárias com conteúdos jornalísticos diferentes: uma para a região de Dourados e outra para Campo Grande. Tudo graças ao que as inovações tecnológicas permitiam.Embalados pelas possibilidades que a Internet e as novas tecnologias de informação ofereciam, resolvemos criar, em 2000, em Campo Grande, uma empresa que pudesse oferecer ao cidadão e às organizações os nascentes recursos das novas mídias. Com a Master Case, iniciamos nosso trabalho já implantando o primeiro shopping virtual do Mato Grosso do Sul: O VitrineWeb. Nos primeiros meses de ativação já atingia um total de 30 lojas. Em 2001, a Master Case lançou o sistema Rede Pura, que redimensionou e agilizou toda a rede de consultas ao SPC no Mato Grosso do Sul. Ainda em 2001, traz para Mato Grosso do Sul a tecnologia do CD Card, uma ferramenta de marketing adotada por organizações como , Prefeitura Municipal de Campo Grande, TCO Celular além de profissionais liberais. Em 2002 a empresa já atendia clientes brasileiros de ponta como o Grupo Odebrecht, Xerox do Brasil entre outros, posicionando-se como uma das mais reconhecidas produtoras de tecnologia multimídia do país. Nos últimos anos a Master Case manteve seu pioneirismo com o lançamento de novas tecnologias no mercado regional como o VDI (Vídeo Digital Interativo), o Show Case - ambos em 2004 - e a Rádio Digital para os Supermercados Comper (2005). Também desenvolveu novas ferramentas exclusivas como o ÁudioBox (2006).E para comemorar os oito anos da empresa, lançamos em maio deste ano o Mastermídia, uma ferramenta multifuncional inédita que dá todas as condições para qualquer organização pública ou privada transformar seus procedimentos convencionais em procedimentos digitais. É evidente que, tudo que mencionei, desde a primeira linha deste artigo, são fatos marcantes, mas apenas pinceladas diante de tudo que ainda vem pela frente. Empresários, estudantes, trabalhadores, executivos e todos, sem exceção, devem se preparar: está começando uma nova etapa tecnológica que exigirá certificação digital em procedimentos diversos, cada cidadão terá seu E-CPF (e terá de ter sua assinatura digital) e as operações administrativas em qualquer empresa deixarão de ser convencionais para se transformarem em 100% virtuais. E com o mais alto grau de segurança, transparência e rapidez. Tudo isso não é o futuro. É o presente que se inicia.

(*) Empresário, sócio-proprietário da Master Case Digital Business em Campo Grande/MS: wilson@mastercase.com.br

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