terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Palestra “Marcas podem ser pessoas?” abre o Campus Party hoje


Val Reis

O segundo dia do Campus Party começou com vários eventos sobre redes sociais e tecnologia. A primeira palestra foi uma discussão sobre o posicionamento das marcas nas redes sociais.


Jaime Troiano, especialista em gerenciamento de marcas começou falando sobre as marcas que começaram analógicas e tiveram que se tornar digitais. Ele afirmou que esta integração é um exercício constante e dedicado. “Não é possível construir marcas digitais de forma rápida, sem perder sua identidade.”


Já Nizan Guanaes acredita que é preciso ter um cuidado muito grande para não parecer falso para o consumidor. A marca tem que ser ela mesma. “Vantagens, aplicativos, é isso que as marcas tem que dar para o seu cliente. Não ficar fazendo “tchuco tchuco” com o consumidor”, explica.


Marcos Hiller, consultor e professor de cursos de MBA e pós-graduação afirma que pessoas podem ser marcas, mas as marcas não podem ser pessoas. Segundo ele, a marca precisa ser fiel a sua identidade e não tentar mudar para porque está em uma rede social. A criação de personagens também é algo perigoso e tem consequências, caso dê errado. As empresas precisam ter consciência disso e assumir os riscos. “Você não pode entregar em redes sociais o que você não é na vida real”, finaliza.


Para Keid Sammour, da CuboCC, o digital é apenas mais um ponto de contato, e as marcas precisam de um discurso coerente. Para ele, as redes sociais tem um poder muito maior do que apenas vender produtos e serviços. As empresas precisam utilizar as Mídias Sociais muito além dos posts, pois é uma ferramenta muito poderosa de pesquisa, CRM, publicidade.


Mais do que nunca, as marcas estão totalmente expostas, e Troiano finaliza afirmando que os fundamentos de 'brand building' continuam os mesmos. “Integrar todos os pontos de contato é complexo. Nossa vida ficou muito mais complicada, mas os princípios continuam sendo os mesmos, não há atalhos”.



Sobre o evento:







Campus Party é considerado o maior evento de inovação tecnológica, Internet e entretenimento eletrônico em rede do mundo. Pela primeira vez no Anhembi (antes era no Imigrantes), o Campus Party está ocupando uma área de cerca de 76 mil m² de área, contra os 37,4 mil m² no ano passado e tem um público de 7 mil campuseiros, uma marca recorde na história do evento.


O evento continua até o dia 11, com expectativa de receber mais de 200 mil visitantes na área “expo” nos cinco dias de evento. Jogos, mídias sociais, robótica, software livre, música, mesas redondas com especialistas nacionais e internacionais fazem parte das 100 horas de programação.

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